Um e-mail enviado pela diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Marilina Bercin, no domingo, a autoridades de saúde que integram a força-tarefa de investigação do surto de toxoplasmose em Santa Maria, informou o andamento de um estudo que pode revelar mais uma pista sobre a causa da contaminação na cidade. O experimento é conduzido pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) para comparar o DNA do protozoário encontrado em uma caixa d'água residencial com o material genético do protozoário em gestantes infectadas durante o surto. No novo estudo, o material retirado do lodo da caixa d'água foi inserido em ratos para isolamento viral e sequenciamento genético.
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Em coletiva de imprensa, na última sexta-feira, as autoridades anunciaram a presença do toxoplasma gondii no lodo da caixa d'água de uma residência abastecida pela Corsan, no Bairro Fátima. A investigação foi feita no local porque duas das quatro pessoas que moram no local deram positivo para toxoplasmose. No entanto, o exame não elucidou a causa da contaminação, já que os DNA's dos protozoários colhidos na residência não eram da mesma cepa do protozoário que infectou quatro gestantes que tiveram o material comparado.
Segundo a diretora estadual do Cevs, a análise pela UEL teve início há 15 dias e deve ser concluída em 30 dias, ou seja, até 9 de agosto.
- O material inoculado nos ratos é a partir da caixa d'água de residência onde foi detectado DNA do parasita. É feito um comparativo para ver se se trata do mesmo protozoário (do surto) ou se esta caixa d'água pode ter tido uma contaminação externa - explicou Marilina.
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A correspondência revelou mais detalhes sobre o laudo que examinou o material na residência. Além do toxoplasma, também foi encontrado um tipo de protozoário que ataca aves, bovinos e outras espécies, mas que não afeta o homem, o Eimeria. Esse aspecto, diz a diretora no e-mail, aponta para indícios de que a caixa não estava fechada de forma apropriada.